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LUÍSA BARBOSA 

Livros de Artista

  • up201603500
  • 5 de jan. de 2017
  • 2 min de leitura

O livro de artista pode ser um meio para expressar individualidades e lutar por uma liberdade na cultura. O artista sai do seu ninho produtivo e resguardado e cria uma relação mais afetiva com a comunidade, sendo que esta, mais facilmente tem acesso ao seu trabalho.

Este tipo de livros são como ferramentas ou objectos que por vezes, nos fazem questionar e reafirmar sobre o nosso desejo, por vezes comum, de sermos um coletivo uno, o uso de linguagens não literais, várias marcas de autoria e originalidade por exemplo, sendo que muitos deles têm edições bastante reduzidas e de difícil acesso.

Ao longo do tempo, a popularidade dos livros de artista adoptou outra particularidade. A tecnologia surgia de forma mais abrangente e acessível, o que permitia que os próprios artistas poderiam trabalhar simultaneamente, quer na edição, quer na impressão, como também na publicação dos mesmos. Ou então fazer uma parceria com outros artistas do mesmo campo de trabalho.

Um controlo absoluto de todo o processo artístico e uma liberdade pessoal, que é um factor relevante para qualquer artista. Todas as redes que anteriormente pertenciam ao processo, abuliam com este surgimento da tecnologia, e nesta altura, a independência era a chave para a inexistência de limites.

Esta extensão de cada individualidade tinha criado uma rutura do paradigma em que o artista não era um ser independente e autónomo e que necessitava de uma galeria para fazer ver o seu trabalho e a sua essência.

Uma arte barata que cria relações sociais, com investimentos afetivos elevados, fora de qualquer consumismo em massa pois contraria a produção “fordificada” no processo de livros mais comerciais, por exemplo. Uma forma de arte que mostra a experiência libertadora do autor sem que este dependa de outrem, com o objetivo de agradar, provocar ou criar qualquer outro tipo de reação, a outro diferente do primeiro.

Esta linguagem artística partilhada, tem sofrido alterações na linha do tempo, mas ainda se encontra viva no contemporâneo. Apesar de tudo, esta ideia ainda corre perigo pois variadíssimos espaços culturais têm grande relevância na nossa sociedade atual, quando se fala principalmente de consumo.

Uma relação (em que a exploração não tem lugar) entre os produtores artísticos independentes e o próprio capital, é de certa forma uma ideia utópica, sendo que cada vez mais, a “arte” com maior relevância, (como por exemplo o cinema ou a música comercial) se torna algo para entreter o outro.

** Para mais informações o seguinte link: http://www.philobiblon.com/DevArtistsBook.shtml


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